https://youtu.be/qRubYrVipfU
Todos nós
conhecemos inúmeras histórias de grandes heróis daqui e de longe, de homens
valentes da história do mundo e daqueles super-heróis que combatem todo o mal, que
lutam contras as injustiças.
Desde criança aprendemos a admirar esses exemplos
e compadecidos com as dores dos oprimidos, degustamos com grande sabor suas bravas
aventuras. Mas tenho uma predileção especial pelos heróis do dia a dia, pelos
heróis comuns, aqueles que não saem em manchetes de grandes jornais, não tem
suas biografias deflagradas em livros de quinta série e nem tem seus super
poderes veiculados em desenhos animados, em séries televisivas ou coisa
parecida; tenho real interesse pelos heróis ímpares que na sua pluralidade de
olhar ganham corações, pelos ideais que perseguem ao longo de seu legado. É de
um herói assim que quero contar...
Ele contou
como um bom matemático sua atenção pelo lado mais humano. Quantos alunos podemos
salvar? Ele queria salvar TODOS!!! Essa é
a melhor ambição que se pode ter, se é utopia ou não, que fique a mercê da
nossa dedicação e dos nossos sonhos.
Amor exato pela educação e liderança de uma
soma fácil de entender que conduz uma soma onde um mais um é sempre mais que
dois. Proseou como bom maestro que conta sua regência numa noite enluarada.
Aposto que
ele não sabe quantas vezes convenceu um jovem a estudar; multiplicado pelas
infinitas conversas serenas com outros tantos jovens carentes de atenção; tampouco
tem exatidão da quantidade de reuniões que conduziu, das emergenciais às
protocolares, das menções aos pais às escolares, dos conselhos aos eventos
solenes, populares... Essa conta ele não sabe fazer! É impossível medir o amor...
Gosto dessa frase, pois tem coisas que não somos capazes de medir mesmo.
Definitivamente
ele não é homem de papel, pois EDUCAÇÃO se faz com ATITUDE, com olho no olho,
com AÇÃO imbuída de esperança, com força alicerçada de respeito ao próximo; ele
não é homem de papel e carimbo, é homem de palavra e palavrado está aqui em
meus adjetivos mais honrados. Ele não é diretor de gabinete, por que liderança
se conquista jamais se impõe em sala fechada ou em lugar algum, e não basta estar presente, tem que se fazer
presente. Ele não é um cargo é uma humanidade em estado de permanente alerta,
pois numa sociedade que rotula o tempo todo é preciso estar alerta para
detalhes que faz toda diferença nas relações humanas.
Ele não é homem de bu(r)rocracias
é homem certeiro, tem alvo, sabe onde vai, por que vai junto, com o égo abaixo
da linha dos olhos, seu devido lugar, homem de crédito (longe de qualquer
conceito capitalista) aquele que credita honra, (a)credita sonhos e metas,
ousa. Ele é homem-semente por que sabe brotar em ideias, sabe ramificar sonhos
novos e repito: ousar, esse verbo lhe conjugou a vida, à frente de seu tempo.
Demoliu paradigmas e deu rasteira em status quo, quando eu crescer quero ser
assim!
Certa vez
cheguei na escola e vi o diretor pendurado sobre o telhado, tentando consertar
uma das telhas que tinha quebrado; minutos mais tarde, uma mãe de aluno me
perguntou se eu sabia onde estava o diretor, eu sem hesitar, chamei aquela senhora para ver ali daquela
janela, onde estava aquele diretor à prevenir que a chuva que o céu anunciava
pudesse prejudicar o recreio das crianças e jovens que aconteceria minutos
depois. A senhorinha riu e disse assim “Nossa, como ele é né” eu brilhei os
olhos e respondi “É, ele é mesmo!!!” Parece simples, e é mesmo simples, mas é
na simplicidade que se conhece os grandes homens. Ele nunca foi de terceirizar
responsabilidades, de protelar urgências, de se eximir de culpas; assumia pra
si mais do que pensassem ser dele; por isso o admiro tanto.
Nesses quase
oito anos em que trabalhamos juntos ele me concedeu liberdade absoluta para
criar caminhos sólidos de uma arte educação fundamentada no humanismo, na
pluralidade e sobretudo na INVENÇÃO. Pudemos inventar muito, reinventar,
transgredir, subverter a ordem de um sistema (pra mim) dilacerado pelo tempo
que ruge feito leão faminto. Rio agora em caminhos lacrimais defronte um
computador, lembrando das vezes em que passou pelas minhas aulas de ARTE e ria
de longe, talvez por achar “loucura demais” aquelas peripécias todas, mas
sempre respeitando minhas ideias por acreditar onde aquela “coisa” iria desaguar: em afetos e
pensamentos com a molecada. Obrigado pelo passaporte jovem diretor de cabelos
grisalhos.
Sempre fiz
questão mencionar esse jeito de GOVERNAR uma escola em minhas falas por onde
passei, aqui e fora do país, em palestras para universitários ou numa comunidade,
em conversas informais com colegas e grupos de estudos, até por que infelizmente
esse jeito de gestar não é comum na gestão publica, embora deveria.
Me emociono
pela minha profissão, minha bandeira de luta e militância ser a educação, e
sobretudo por dividir sonhos com seres humanos desse nível, como ele. Eu
tive o privilégio de ser liderado por esse homem que se aposenta e deixa sua história
de vida como um belo presente à EDUCAÇÃO PUBLICA, à humanidade. Enquanto
tantos consideram seus heróis apenas alguns que chutam uma bola num campo eu
prefiro dentre tantos, um lutador que teve a educação como seu lema, seu alvo e
seu manto. Carlos da Silva, Diretor aposentado da Escola Estadual Parque
Continental Gleba I - tem meu eterno respeito, admiração e gratidão!
Tiago Ortaet
16.06.15
Documentário "Professor Brasileiro" do jornalista Diego Davoglio, no qual tive a honra de participar. Grato pelo honroso convite!!! Um filme necessário, um tema que precisa ser debatido amplamente, hoje e sempre!
A mais longa manifestação de professores efetivos do Estado de São Paulo ocorreu no início de 2015. A categoria luta por melhorias estruturais e busca a apli...
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EDUCAÇÃO ESTÉTICA - ATO BRASIL 2015
São Paulo recebeu evento internacional em prol da solidariedade na educação
Iniciativa promoveu encontro de artistas, educadores, alunos e ONGS na busca de criar um dicionário de sons, imagens e coreografias. Ato brasileiro foi realizado no Memorial da América Latina.
O evento faz parte de uma iniciativa internacional que engloba 10 países nos 5 continentes e que visa a construção de uma enciclopédia mundial de imagens estáticas, dinâmicas e sons com base nas diretrizes e objetivos da UNESCO para a Educação do Século XXI. Através da valorização da imagem, da poesia, da metáfora, dos sons e de movimentos, o objetivo é a promoção de valores para um futuro sustentável.
Os resultados das performances realizadas ao redor do mundo serão adicionados ao banco de dados do projeto, coordenado pela Professora Teresa Eça, da Faculdade de Belas Artes do Porto e presidente da InSEA (International Society for Education through Art), Professora Angela Saldanha, da APECV (Associação de Professores de Comunicação e Expressão Visual, em Portugal) e Fernanda Macahiba, Professora- colaboradora e arte-educadora da Universidade Estadual de Campinas e líder do grupo de pesquisa em Educação Estética do CNPq. O objetivo é compartilhar o dicionário de sons, imagens dinâmicas e estáticas nos diversos continentes do globo. “Nossa ideia é explorar os aspectos universais da arte para promover um conjunto significativo de sons, imagens e movimentos que possam valorizar as diferentes culturas ao redor do globo”, explica Macahiba, coordenadora do grupo brasileiro na iniciativa, que conta com a parceria da arte-educadora Ana Amalia Barbosa.
Os participantes puderam recriar os famosos parangolés deHélio Oiticica e participar de uma performance ao redor da escultura Mão de Oscar Niemeyer. A coreografia foi coordenada pela pesquisadora e bailarina Vivian Vinha. O evento também contou com a apresentação do coral femininoGrupo Beija-fulô e a Trupe Ortaética de Tiago Ortaet, que executou exercícios cênicos e experimentações corporais. FOTOS by Rodrigo Marcelo
Iniciativa promoveu encontro de artistas, educadores, alunos e ONGS na busca de criar um dicionário de sons, imagens e coreografias. Ato brasileiro foi realizado no Memorial da América Latina.
O evento faz parte de uma iniciativa internacional que engloba 10 países nos 5 continentes e que visa a construção de uma enciclopédia mundial de imagens estáticas, dinâmicas e sons com base nas diretrizes e objetivos da UNESCO para a Educação do Século XXI. Através da valorização da imagem, da poesia, da metáfora, dos sons e de movimentos, o objetivo é a promoção de valores para um futuro sustentável.
Os resultados das performances realizadas ao redor do mundo serão adicionados ao banco de dados do projeto, coordenado pela Professora Teresa Eça, da Faculdade de Belas Artes do Porto e presidente da InSEA (International Society for Education through Art), Professora Angela Saldanha, da APECV (Associação de Professores de Comunicação e Expressão Visual, em Portugal) e Fernanda Macahiba, Professora- colaboradora e arte-educadora da Universidade Estadual de Campinas e líder do grupo de pesquisa em Educação Estética do CNPq. O objetivo é compartilhar o dicionário de sons, imagens dinâmicas e estáticas nos diversos continentes do globo. “Nossa ideia é explorar os aspectos universais da arte para promover um conjunto significativo de sons, imagens e movimentos que possam valorizar as diferentes culturas ao redor do globo”, explica Macahiba, coordenadora do grupo brasileiro na iniciativa, que conta com a parceria da arte-educadora Ana Amalia Barbosa.
Os participantes puderam recriar os famosos parangolés deHélio Oiticica e participar de uma performance ao redor da escultura Mão de Oscar Niemeyer. A coreografia foi coordenada pela pesquisadora e bailarina Vivian Vinha. O evento também contou com a apresentação do coral femininoGrupo Beija-fulô e a Trupe Ortaética de Tiago Ortaet, que executou exercícios cênicos e experimentações corporais. FOTOS by Rodrigo Marcelo