Música do Silêncio é destaque da programação cultural do 27º Aniversário da Lei de Cotas

O Projeto Música do Silêncio integra o núcleo de inclusão musical do Conservatório Municipal de Guarulhos, uma iniciativa que objetiva o ensino de música para crianças, jovens e adultos com ou sem deficiência. No repertório do grupo, músicas consagradas como “Isto Aqui, o que é?”, de Ary Barroso, "Descobridor dos Sete Mares", de Tim Maia, “O Sol”, Jota Quest, e “Dust in the Wind”, Kansas, animaram o público, que dançou e se divertiu desmedidamente.
De acordo com o maestro Fábio Bonvenuto, coordenador do Projeto, a participação da família na vida social do deficiente é fundamental para se obter resultados satisfatórios: “Muito mais do que participar do desenvolvimento intelectual de seus filhos, a participação da família em momentos como esse são decisivos para que o projeto se concretize como uma iniciativa humanizadora e verdadeiramente inclusiva”, comemora o maestro.
Para Maria de Fátima Ale, mãe do percursionista Eric Barbosa Araújo, de 11 anos, deficiente auditivo, as saídas do grupo para apresentações em espaços diferenciados como a do Parque do Ibirapuera ajudam a potencializar a autonomia de seu filho: “Ele sempre foi muito tímido e, desde que entrou no Projeto, há quase dois anos, já está mais despojado, independente”, vibra a mãe.
Muito mais que apoiar, Eleandro Antonio Correia e Maria José Baltazar, pais da cantora Paula de Souza Meireles, de 32 anos, deficiente física, intelectual e visual, são completamente envolvidos com a vida musical da filha. “Prestigiar a Paula e o grupo num evento como esse é maravilhoso porque assim podemos mostrar para as pessoas que devemos ter outra postura em relação aos deficientes, não tratá-los com preconceito e dar a eles oportunidades de participação como essa”, reforça a mãe. Animado, o pai Eleandro também passou a integrar o grupo Música do Silêncio, uma forma de incentivar ainda mais a filha nessa etapa.
Lei de Cotas
Em 2018, a Lei 8.213, de 24 de julho de 1991 comemora 27 anos de luta para a inclusão de profissionais com deficiência e reabilitados no mercado de trabalho formal, garantindo seus direitos.
De acordo com a Lei, empresas que têm entre 100 e 200 empregados devem garantir 2% das vagas a beneficiários reabilitados e pessoas com deficiência, chegando a um máximo de 5% caso haja mais de mil funcionários.
Para conferir as fotos do evento, acesse: https://www.flickr.com/photos/150817788@N02/albums/72157697802434771
Imagens: Carla Maio/ PMG
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