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Tiago Ortaet

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...aquela calça que parece que fui eu que fiz, de tão autoral que me representa...
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Buscar saúde é uma meta à longo prazo. Um exercício que estamos tentando constantemente...
Se o ateliê é um caos criativo, a minha cozinha tá um primor de organização rs... Olha a organização desses potinhos de saúde... rs
#MaisSaudável #MaisNatural #UmDiaDeCadaVez
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Caros amigos, mais um ano nos unimos em prol dessa corrente do bem. No condomínio onde moro já disponibilizamos caixas da CAMPANHA DO AGASALHO 2020, com autorização do síndico e grande participação dos moradores.
Mobilize seus amigos, vizinhos, familiares em prol dessa causa.
Se você tiver roupas novas ou em perfeito estado de uso, DOE! Vamos aquecer quem mais precisa nesse inverno.
Milhares de famílias que estão em vulnerabilidade social, cadastradas no fundo social de solidariedade, poderão ser beneficiadas com nossa doações.
Muito obrigado pela parceria de sempre.
Professor Tiago Ortaet
#CampanhaDoAgasalho2020 #SerColetivo #Empatia
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Esta obra de arte poderia estar em alguma das exposições deste país, vocês não acham?! 🤔
"O último recreio" é resultado da releitura feita pelo nosso estudante Daniel dos Santos Brito do 7°A. A arte original que o inspirou é "A última ceia" de Leonardo da Vinci. 👏🏻👏🏻👏🏻
A atividade "Releitura do Renascimento" foi uma das propostas feitas pelo Google Classroom pela professora Silvana da EMEF Áurea Ribeiro e visa a proporcionar aos estudantes, o conhecimento das obras de grandes artistas renascentistas, a partir de um contexto histórico, político, econômico, social e cultural. Desta forma, possibilita aos estudantes relacionarem as obras apresentadas à nossa história atual. A partir daí, cada estudante desenvolveu seu trabalho a partir de sua visão de mundo, criatividade e sensibilidade.
Parabéns, Daniel! Sua criatividade e precisão no desenho são admiráveis! 😃🥰
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BRASIL MEDIEVAL... A LUTA DE TODO CIDADÃO É COMBATER PRECONCEITOS...

A mãe do jovem que foi agredido e queimado vivo por ser homossexual, na Bahia, falou que nunca esperava que o filho fosse morto por causa da orientação sexual.

Guilherme de Souza, de 21 anos, estava voltando para casa quando foi abordado pelo adolescente de 14 anos, que confessou o crime. Ele foi apedrejado com a ajuda de outro adolescente, de 16 anos, e quando ficou inconsciente, foi arrastado e levado para uma casa abandonada, onde foi queimado.

Segundo o delegado, o menor justificou o crime dizendo que a vítima o havia “dado um cantada” na rua, e que por isso decidiu matá-lo.

“Ele era uma pessoa boa, alegre, brincava com todo mundo. Jamais na minha vida eu ia pensar que ia acordar de manhã e receber uma notícia dessas.” disse Franciane de Souza, mãe de Guilherme, emocionada.

Mais um LGBT morto no Brasil somente por ser LGBT.

FONTE: Quebrando o Tabu
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"Esse é o amigo de mais de 20 anos. Aquele que me inspirou a fazer teatro. Que me inspirou a olhar para a criançada da periferia com muito amor, carinho e respeito. Que me inspira a lutar incansavelmente pelos meus ideais. Uma pessoa íntegra que acredita no poder transformador através da arte.
Como tenho orgulho de ser sua amiga Tiago Ortaet e de poder contar com você nas minhas aventuras artísticas.
Vc é um ser muitíssimo iluminado!
Que as energias do bem lhe traga sempre muita saúde e disposição para realizar seus sonhos." Sol Borges
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120 anos de Anísio Teixeira: as ideias do criador da escola pública no Brasil

Milena BuarqueDe São Paulo para a BBC News Brasil
O debate a respeito da universalização de uma escola pública, laica, gratuita e obrigatória teve um de seus grandes momentos há mais de 80 anos no Brasil.
Na década de 1930, o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova vislumbrava um audacioso projeto de renovação educacional no país.
Consolidando a visão de 26 educadores, de distintas posições ideológicas, o documento "A reconstrução educacional no Brasil: ao povo e ao governo" tratava de assuntos ainda atuais e amplamente discutidos na cena da educação brasileira: da autonomia moral do estudante à equiparação de mestres e professores em remuneração e trabalho.
Um de seus mais notórios signatários, Anísio Teixeira, faria 120 anos neste mes de julho.
Como personagem central na história da educação no país na primeira metade do século 20, os pensamentos do jurista e escritor sobreviveram às transformações sociais e à passagem do tempo.
No entanto, embora empreste seu nome ao Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão ligado ao Ministério da Educação que aplica exames como o Enem e realiza levantamentos estatísticos sobre o ensino, o intelectual ainda é pouco conhecido e comentado fora do âmbito educacional, a despeito da perenidade de suas ideias.
Em uma época em que a educação era formulada e concebida para poucos, uma de suas maiores contribuições está no entendimento da necessidade de se democratizar o acesso ao ensino.
Para Andrea Harada, professora e mestre em Educação pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), o educador via nesse processo um instrumento de "superação das contradições sociais que marcavam o Brasil no período".
"A democratização poderia, pela ampliação da formação escolar, indicar um futuro marcado pelo desenvolvimento do Brasil e a consolidação do país como nação. Porém, um limite não fora considerado: as determinações políticas e econômicas", explica ela.

Revolta com a desigualdade

Anísio Teixeira criou a Universidade do Distrito Federal (1935), quando o Rio de Janeiro ainda era capital do país; fundou o Centro Educacional Carneiro Ribeiro, ou "Escola Parque", em 1950, em Salvador, durante sua passagem pela Secretaria de Educação da Bahia, e foi um dos mentores da UnB (Universidade de Brasília), da qual era reitor no ano de 1964, quando ocorreu o golpe militar no Brasil.
"A construção da ideia, no Brasil, de uma escola pública, gratuita, laica e de qualidade passa, necessariamente, pelas contribuições dele. Outro aspecto importante a considerar é a formação docente e o reconhecimento do trabalho de professores, a necessidade de conhecimento científico para o desenvolvimento da educação, com ênfase para as séries iniciais, restringindo os espaços para amadorismo e enfatizando as particularidades de nossa cultura e história como meio de superação da mentalidade colonial que se reproduzia também nas escolas", diz Harada.
Em um documento distribuído à imprensa em abril de 1958, o professor disse: "Sou contra a educação como processo exclusivo de formação de uma elite, mantendo a grande maioria da população em estado de analfabetismo e ignorância. Revolta-me saber que metade da população brasileira não sabe ler e que, neste momento, mais de 7 milhões de crianças entre 7 e 14 anos não têm escola".
Na visão de Ivan Russeff, doutor em educação e professor de Biblioteconomia da FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo), essas duas colocações de Anísio, em resposta a grupos que viam suas ideias "como inconvenientes e suspeitas", atestam a atualidade do pensamento do educador em um contexto que talvez tenha avançado pouco.
"O foco é o ensino básico e o seu caráter excludente que continua atual e se constituindo em verdadeira barreira, com altos índices de repetência e abandono, principalmente no ensino médio. Para Anísio, essa elitização do ensino básico mantinha as classes populares em estado de ignorância, impedindo-as de ingressarem no ensino superior, grande instrumento, para ele, de civilizar e humanizar o povo brasileiro", explica o professor.
Ainda que os índices levantados pelo educador não sejam mais tão catastróficos, o analfabetismo, principalmente o funcional, ainda é uma realidade da população brasileira.

Para Russeff, o problema é fruto da desqualificação progressiva do ensino básico e do desprestígio em que se encontra, na nossa sociedade, a cultura letrada. "Esse cenário trágico da educação nacional é reiterado (...) na crítica ao poder público e a ausência de uma política de inclusão das massas."
Diz Anísio: "Contrista-me verificar a falta de consciência pública para situação tão fundamente grave na formação nacional e o desembaraço com que os poderes públicos menosprezam a instituição básica de educação do povo, que é a escola primária".
Como lembra Russeff, no tempo desse texto, Anísio já estava de volta de seu autoexílio no interior da Bahia, onde ficou de 1935 a 1945 após sua demissão da chefia do Departamento de Educação do Distrito Federal. Já havia sido também consultor geral da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), em 1946, diretor da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), em 1951, e do Inep, no ano seguinte.
À época, vinha travando grandes debates públicos a favor de uma Lei de Diretrizes e Bases - a de 1961 - que consagrasse o princípio de uma escola pública gratuita, para todos e comum aos dois gêneros.
"Meninos e meninas em classes mistas, o que já lhe havia provocado ásperas discussões com os setores conservadores, com destaque para a Igreja Católica. Uma lei que facultasse um ensino de qualidade, com professores das séries iniciais que tivessem formação superior em Educação", pontua Russeff.

Novos ventos

Liberal e opositor a todos os tipos de violência, nas palavras do historiador e político Luiz Vianna Filho, Anísio foi taxado de comunista por seu projeto progressista de ação no ensino, quando de sua demissão da diretoria do Distrito Federal no fim de 1935.
"Sua iniciativa, de defender na implementação da sua reforma do ensino as classes mistas (masculina e feminina), rendeu-lhe a pecha de comunista e de atentar contra a moralidade pública. A Igreja Católica (...) taxou-o de antinacionalista, contra os princípios consagrados da família brasileira, contra a índole da educação nacional", afirma o professor.
Anísio TeixeiraDireito de imagemACERVO INSTITUTO ANÍSIO TEIXEIRA
Image captionAlém do pioneirismo, Anísio compartilha com filósofo e educador Paulo Freire, patrono da educação brasileira, o fato de ter sido grande vítima de setores representativos de certo conservadorismo provinciano
Na visão de Emerson Mathias, mestre em Educação e professor da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) do CEU Paraisópolis, o intelectual também pode ser visto, extraoficialmente, como um segundo patrono de nosso ensino, ao lado de Paulo Freire.
"Ele foi um defensor de uma educação construtivista, que pensava os alunos como agentes transformadores da sociedade. Ou seja, uma educação libertária. Naquele contexto da década de 1930, praticamente todos esses articuladores se inseriram na cena política e instituíram, pode-se dizer, embriões do que temos hoje. Isso transformou uma educação que até então era religiosa, tradicional e sem nenhum olhar para as minorias, os excluídos e os invisíveis", diz Mathias.
Anísio TeixeiraDireito de imagemACERVO INSTITUTO ANÍSIO TEIXEIRA
Image caption"Revolta-me saber que metade da população brasileira não sabe ler e que, neste momento, mais de 7 milhões de crianças entre 7 e 14 anos não têm escola", disse Teixeira
Arte-educador desde 2015, com o projeto autoral "Nzinga Contos Ritmados D'África" sendo trabalhado em escolas públicas e particulares do estado de São Paulo, Mathias convive com a realidade da rede pública há seis anos. Antes de ser concursado, o educador fazia parte da categoria O, docentes que, apesar de realizarem as mesmas funções que outros colegas, não gozam dos mesmos direitos e nem possuem um vínculo empregatício duradouro.
"Tenho quase sete anos no ensino público. E a verdade é que estamos engatinhando ainda hoje no que diz respeito às ideias de Anísio Teixeira, dessa forma ampla de olhar para o currículo como algo universal e inclusivo."
Anísio TeixeiraDireito de imagemACERVO INSTITUTO ANÍSIO TEIXEIRA
Image captionEm um momento em que a educação era formulada e concebida para poucos, uma das maiores contribuições de Teixeira está no entendimento da necessidade de se democratizar o acesso ao ensino
Com problemas "acumulativos", como define Mathias, a escola em que trabalha vive uma tentativa de reinvenção, com a busca por novas formas didáticas e ferramentas estruturais durante a pandemia. Em março, por exemplo, já faltavam professores de matemática e de português, além de profissionais auxiliares essenciais para o dia a dia na instituição. "Esse caos se amplia quando temos de encarar a educação a distância. Com essas faltas, a comunidade e os alunos não se sentem acolhidos pela escola, não estabelecem uma identidade", afirma.
Segundo estimativa do final de maio da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, metade dos alunos da rede estadual não conseguia acessar as aulas online no contexto da pandemia, evidenciando, por exemplo, as dificuldades de acesso a equipamentos e internet.
EscolaDireito de imagemACERVO INSTITUTO ANÍSIO TEIXEIRA
Image caption"A escola tem de ganhar uma inevitável ênfase, pois se transforma na instituição primária e fundamental da sociedade em transformação", disse Teixeira
Em uma escola "engessada, antiga e arcaica", a despeito de qualquer reforma, o professor Mathias diz encontrar esperança em cada retorno de aluno. "Os problemas são grandes, mas todos os dias estamos aqui, trabalhando com o que nós temos. Com garra, vontade e disposição, tentando criar novas metodologias e novas formas de trazer mais alunos. É desgastante e frustrante. Mas temos alguns momentos de esperança, com alunos retratando suas descobertas e tirando dúvidas. A escola é mais do que conteúdo: é vida e traz um sentido para as coisas."
Ou como dito por Anísio em discurso feito na inauguração da Escola Parque há exatos 70 anos: "a escola tem de ganhar uma inevitável ênfase, pois se transforma na instituição primária e fundamental da sociedade em transformação".

FONTE: BBC BRASIL
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 Fui convidado pela equipe da Educação/TV Cultura para gravar uma aula de arte para estudantes do ensino médio do estado de SP. Fiquei imensamente honrado, grato e feliz pelo reconhecimento. A gravação foi anteontem e vai ao ar no canal 2.3 da Cultura, pelo Centro de Mídias de São Paulo. Agradeço a equipe da Diretoria de Ensino Guarulhos-Norte, em nome da Professora Myrian e de nossa dirigente regional, Professora Vera Curriel, que apoiaram minha indicação; agradeço também toda equipe da TV CULTURA pelo acolhimento, bastidores e compreensão com minhas parafernálias que levei para a gravação rs. 
Obrigado ainda à equipe da E.E. Celso Piva, em nome da vice-diretora Sirlei Santos Gonçalves, que sediou as gravações e tão bem nos recebeu. E gratidão à equipe gestora da minha escola E.E.Tomie Ohtake por sempre me apoiar e valorizar meu trabalho pedagógico. 📚🙏❤🎈🎨🎭🌻 "VAMOS SEMPRE DEFENDER A EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE, SOMOS MUITOS, POR JUSTICA SOCIAL"
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Quem me conhece de perto, sabe do meu amor pelo jornalismo, a comunicação me encanta, pois além de informar, ela registra a história, enquanto a história acontece... Cada vez que um grande jornalista se vai, eu fico bem triste, saudoso, mas também grato pelo legado deixado... Hoje quem foi embora é nosso José Paulo de Andrade, radialista exímio, voz de ouro, seu timbre embalou tantos dias de trabalho, noticiário no trânsito, história do rádio. Vá em paz! Condolências aos familiares e ao grupo Bandeirantes. Professor Tiago Ortaet
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A escola pública é feita de muitos desafios, afetos, conquistas, profissionais que amam o que fazem (em sua grande maioria) espaço de encontros, conhecimento, infância, juventude, direitos, deveres e cidadania. Nossas memórias afetivas desse longo caminho de nossas vidas pulsam pra sempre. Quem puder, use a hastag #StatusDeSaudade (+ o nome da sua escola) e conte alguma história, alguma lembrança, alguma foto. Nunca ficamos tanto tempo longe da sala de aula, vamos declarar nosso orgulho do nosso templo do saber. #StatusDeSaudadeTomieOhtake #ProfessorTiagoOrtaet #EscolaPública #MaisEducação
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Sou filho de migrantes nordestinos, retirantes da seca do sertão do Brasil, tive uma infância humilde, fui sempre estudante de escola pública e logo na infância me identifiquei com as artes e na adolescência com o ativismo social, fui líder de grêmio escolar, idealizador de projetos comunitários, bolsista de programa social no ensino superior e me tornei professor da escola pública onde estudei durante toda vida escolar.

Sempre defendi a escola pública como templo sagrado do saber e nesses quase 20 anos de magistério, instigo meus estudantes a serem guardiões da escola pública, pois lá é uma pista livre para que eles decolem para novos horizontes. Sempre concebi, aula como “encontro” de infinitas possibilidades, de exaltação dos repertórios culturais de cada um dos presentes e de simbiose de histórias, na escola da vida.

Quando iniciei minha trajetória no serviço público, diagnostiquei, através da análise de um jovem inquieto, curioso, querendo mudar o mundo; que na escola pública, de um modo geral, não havia uma política cultural implantada, democrática e plural, onde os estudantes pudessem, de fato, terem voz ativa na construção do ano letivo. Eu queria que os estudantes tivessem uma escola ainda melhor do que eu tive, mais aberta, mais ressonante da realidade deles... Quando cito a palavra “política” me refiro à sua essência mais sublime, política em seus pilares mais fundantes, que consiste no exercício emancipatório de sua cidadania efetiva.

Tive experiências bastante significativas em diferentes esferas públicas e instituições, mas sempre concomitante ao meu laboratório estético, social, cultural e educativo que desenvolvo na escola onde eu cresci, criei maturidade e me formei...

 Minha maior motivação é sem dúvida o entusiasmo em transformar vidas através da educação, da cultura e dos direitos humanos, que pulsam em minha essência. 

Ao longo desses mais de 17 anos em que leciono na periferia da cidade, tenho vivido muitas histórias, de superação, de tantos jovens, que pude contribuir na ampliação de seus horizontes para novas realidades. Por me sentir vocacionado e por manter a chama da esperança sempre acesa é que decidi ser educador.

Protagonismo juvenil, autonomia, liderança, cidadania e consciência social são pilares que fundamentam minha prática pedagógica. Esse conceito plural em referências e diverso em projetos de grande impacto na comunidade me dão uma base sólida para apresentar meus ideais de uma sociedade mais justa, humana e igualitária, que ajudo a construir cotidianamente. 

Nessa jornada de quase duas décadas como educador propus e realizei muitas ações e projetos, sempre de forma coletiva, coexistindo o espaço público, extrapolando muros e burocracias.

Quando relato os projetos educativos que criei ao longo da minha trajetória, em sala de aula, tenho por premissa, sempre falar no plural, pois sou contagiado pela frase célebre do poeta “fundamental é mesmo o amor... É impossível ser feliz sozinho” todavia, o verbo “nós” se aplica com muito mais garbo, suspiro e realidade, do que o verbo “eu”. Ninguém faz nada sozinho. 
É uma maneira de reverenciar a parceria, apoio e amor, na via de mão dupla, com meus estudantes; muitos deles, ex-alunos, hoje amigos de trabalho, em diferentes frentes, seja no ativismo social, nos projetos culturais nas comunidades ou propriamente em sala de aula, alargando o significado de escola.

Ousadia, lastro comunitário, inovações e embasamento numa educação contemporânea e libertadora, sempre formaram a marca de nossos projetos, tendo nossos feitos coletivos, sido noticiados em jornais, sites e revistas, regionais, nacionais e até internacionais, como práticas pedagógicas relevantes. Dentre esse ciclo de projetos destaco:

Trupe Ortaética de Teatro Comunitário - 2003 à 2020: O projeto que surgiu dentro da escola, em oficinas culturais gratuitas, oferecidas como um democratizador do acesso às artes, na comunidade; ganhou inúmeras ramificações, extrapolando os limítrofes da escola, berço desse manifesto popular. Nesses mais de 17 anos, em que o coletivo atua ininterruptamente, foram mais de 4000 cidadãos impactados diretamente através de oficinas, produções, saraus de poesias, espetáculos artísticos, performances de rua, intervenções urbanas e cursos nas mais diferentes linguagens artísticas. A metodologia, bem como o impacto social do projeto, foi apresentado em congressos nacionais e internacionais, em países da América Latina, Europa e África.

Blog Continental Cultural – 2007 à 2020: Essa foi a fase em que meus passos caminharam para uma maior consciência de que a arte que realizávamos, dentro da escola pública, merecia ter uma vitrine afetiva, uma plataforma virtual que documentasse cada passo dado, a fim de fundar, também, provocações aos poderes institucionais; alicerçando os próximos projetos e conquistas, legitimando ainda mais a postura vanguardista empregada em todas as ações. Foi nessa época que fundamos os “LÍDERES CULTURAIS” numa perspectiva de criar o hábito de candidaturas eletivas, dentro do espaço escolar, para que os adolescentes escolhessem, democraticamente, propostas de políticas culturais, criadas e defendidas pelos próprios estudantes, sob minha mediação. Tínhamos um blog educativo, numa época em que praticamente não se falava em blogs docentes. Pelo caráter inventivo e inovador fomos matéria na TV Cultura como uma proposta inspiradora.
Um dos mais importantes impactos gerados que alterou nosso ambiente que nos cerca, sem dúvida, foi a criação de um ateliê próprio na escola, para as produções dos alunos, um espaço exclusivo para as aulas de artes.

Ohtake Fashion Week – 2009 à 2020:  Ciclo de pesquisas estético/culturais que prevê a ruptura de padrões impostos pela mídia, principalmente pela cultura de massa, no que tange o corpo, as vestimentas e a inclusão de novas vertentes da moda. Pautado nos Direitos Humanos e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis – ODS da Organização das Nações Unidas – ONU, os estudantes são ativos protagonistas em todas as etapas do projeto, desde a pesquisa, criação de dados estatísticos,  produções têxteis, visitas culturais em instituições públicas e privadas, realizações de oficinas e desfiles. A imprensa local, já noticiou nosso projeto como uma ação de grande participação comunitária.

Educação-Resgate – 2014 e 2015: Consistiu em realizar uma “busca-ativa” de estudantes que se evadiam da escola, de modo que um grupo visita esses evadidos, a fim de trazê-los de volta ao convívio escolar e aos estudos. Outras mobilizações foram criadas na época; uma das mais bem sucedidas foi a parceria com a rádio Metropolitana de São Paulo, que nos presenteou com um show exclusivo da cantora “Anitta” dentro da nossa escola. Uma infraestrutura de show profissional, jamais antes vista em nossa comunidade.  

Virada Cultural Independente – 2012 à 2016: Após inúmeras reuniões dos líderes culturais da escola, chegamos ao consenso de que deveríamos dar um passo a diante da nossa construção coletiva, realizando a maior programação cultural ininterrupta de uma escola pública do país. São cerca de 3 meses de planejamento intenso, parcerias com instituições como corpo de bombeiros, polícia militar, guarda civil metropolitana, artistas independentes, coletivos culturais, imprensa e em uma ocasião, depois de anos de insistência, tivemos apoio da secretaria de cultura da cidade.

Projeto Manifestus – 2016: A partir da propositura didática em que provocava os estudantes num “Roteiro de Estudos Estéticos” o cerne central desse projeto, consiste em três pilares: transposições artísticas, hibridização de linguagens e “eu, no mundo” que consequentemente vira uma exposição de painéis gigantes,  intervenções com arte-objeto, vídeo-arte e a publicação de um livro de poesias.
Todos esses, projetos germinados nas carteiras da escola pública, na relação dialógica, afetiva, empoderada e interdisciplinar fomentada com os estudantes.

Por diversas vezes esbarramos no conservadorismo pedagógico de muitos educadores que viam, nas nossas ações, um perigo eminente, uma disfunção da escola concebida até então. Essas barreiras só foram vencidas com muito diálogo em reuniões pedagógicas e demonstração do conceito plural de uma cidade educadora. Realmente nossos projetos subvertem a lógica engessada da escola tradicional e transgride o currículo escolar, tornando-o mais factual.  

Esse ciclo de projetos pode inspirar outros educadores em palestras, matérias em imprensa, oficinas gratuitas e encontro com educadores que realizo frequentemente. 

As redes sociais são atualmente, novas pontes de contato direto com nosso fazer pedagógico no serviço público; muitos educadores e estudantes de pedagogia, entram em contato a fim de compartilharmos saberes.

Após um longo período de projetos de destaques, recebi o honroso convite para ser dirigente cultural de minha cidade e tempos depois o convite para atuar como diretor de direitos humanos. Estar gestor público me autenticou mais experiência e visão holística do impacto do serviço público na vida das pessoas.

Mesmo diante de todo esse ciclo de projetos que atravessa gerações de estudantes, o sentimento que transborda em minha essência de educador é de que sempre haverá um estudante novo chegando na escola, que ainda não foi impactado por nossos sonhos coletivos de sermos uma mola propulsora para que as ideias das crianças e adolescentes ganhem asas, temos sempre parcerias novas, com novas instituições e novos educadores.

Eu quero ver novos rostos resplandecentes de protagonismo e idealismo juvenil, o que é típico do adolescer, para que eles ganhem outras tantas ramificações; formem mais trupes, mais ideias, à frente do seu tempo... Sobretudo, meu sonho é que além de todo esse ciclo didático, tematizado e ressignificado anualmente, eu possa inaugurar, nos próximos anos, um cursinho comunitário para que mais jovens da escola pública possam entrar na universidade pública.

No meu primeiro ano no serviço público, em 2003,  fui premiado, com um diploma conferido pela dirigente regional, como o jovem educador, destaque de programa educativo na cidade, pelos relevantes projetos comunitários desenvolvidos. Em 2009 fui finalista do Prêmio Arte na Escola Cidadã e em 2019 fui selecionado pela Fundação Lemann como melhor prática pedagógica, conferido  diploma e placa de homenagem. Sou imensamente grato pelo reconhecimento de importantes instituições, mas não há reconhecimento mais lindo do que o brilho dos olhos dos meus estudantes.


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VIVA O DIA INTERNACIONAL DA PIZZA, VIVA A SOLIDARIEDADE!

Tem coisa mais saborosa do que comer uma pizza bem recheada??? E tem sensação mais deliciosa do que ajudar o próximo? Imagine agora juntar as duas coisas??? 

É assim que a turma do projeto PIZZARIA SOLIDÁRIA faz todo ano...

Desde 2016 acontece anualmente uma celebração do amor e do paladar em praças e albergues da cidade.

Um grupo de amigos se reune para celebrar o dia Internacional da pizza através de uma comunhão com nossos irmãos que estão em situação de rua. 
A ideia partiu do professor Tiago Ortaet, que além de educador é também ativista social há duas décadas na cidade. Em torno do professor, um grupo de jovens, amigos e entusiastas da ação social saem às ruas para levar amor, atenção e claro, a tradicional pizza brasileira. 

As edições anteriores sempre provocaram aglomeração em torno de mesa farta, música ao vivo e os amigos vestidos de garçons servindo os participantes. Em 2020, por conta da pandemia e para manter o isolamento social, o projeto será adaptado. O grupo irá fazer uma CARREATA e levar pizzas para os cidadãos que estão em situação de rua, em Guarulhos, mantendo o distanciamento, utilizando máscaras e álcool em gel.

Será nessa sexta-feira, dia 10 de Julho às 20h com saída de frente do condomínio FATTO SPORT FARIA LIMA, altura do número 1451 da avenida Brigadeiro Faria Lima, bairro Cocaia. 

Para participar basta levar uma ou mais pizzas e seguir a CARREATA... 

Comer uma pizza pra nós é algo tão simples e cotidiano, por que não proporcionar à quem não tem essa oportunidade no dia a dia????
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Tiago Ortaet

About Me

Menino da periferia; arte/educador da escola pública, militante da cultura, ativista social, criador de projetos educativos e em direitos humanos, ator, poeta, fundador da Trupe Ortaética, escrior de livros infantis, professor universitário, gestor público, palestrante em conferências nacionais e internacionais.

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